terça-feira, 4 de junho de 2013

Futebol Corporativo: getting out of the box



 
Caros Tricampões Mundiais, frequentemente, em conversas com outros torcedores e lendo as mensagens enviadas através das diversas redes sociais, observo que, em vários momentos, são mencionados conceitos ou técnicas corporativas como, por exemplo, “projeto”, “planejamento”, “gestão”, etc. Em particular, quando estes temas são associados especificamente ao nosso Tri-color, eles se tornam mais corriqueiros. Afinal, o São Paulo foi um dos primeiros (senão, o primeiro) clube brasileiro a adotar um modelo de administração mais profissional. Contudo, por vezes, me questiono: será que, quando pessoas citam esses conceitos e técnicas, elas sabem, exatamente, do que estão falando?

Por outro lado, quando penso em “modelo de gestão”, me pergunto: será que nosso Tri-color utiliza as melhores práticas e será que as práticas em vigor estão alinhadas às necessidades, desejos e valores reconhecidamente importantes para nossa torcida e sócios? A meu ver, a resposta para este duplo questionamento teria que, obrigatoriamente, ser “sim”, pois a razão pela qual o clube existe é em função da busca pela satisfação de seus sócios e de sua torcida.  A eficiência na administração é fundamental para trazer bons resultados que, no caso de um clube de futebol, podem ser traduzidos em “títulos” que, por sua vez, serão traduzidos em “sucesso”.  Tal sucesso, naturalmente, traria novos torcedores e sócios, que “investiriam” no clube, em seus produtos e serviços, gerando assim maiores receitas e fazendo o “negócio” crescer. Caso este processo consiga ser realizado de maneira cíclica, poderíamos afirmar que o “crescimento sustentável” e a satisfação contínua dos torcedores e sócios foram alcançados. Em resumo, a razão de ser (missão) do clube foi atingida.

Claro, fazer com que tudo o que escrevi nos parágrafos anteriores aconteça é infinitamente mais complicado do que parece. Após vinte anos atuando no mundo corporativo e observando de perto como alguns negócios são conduzidos, sejam eles bem ou mal sucedidos, fica inevitável a comparações com o mundo do futebol. Esta comparação me leva à certeza de que, algumas técnicas corporativas e multidisciplinares podem trazer benefícios enormes à gestão dos clubes. Então, aproveitando o intervalo promovido pela Copa das Confederações, entre os dias quinze e trinta de junho, período em que não terei os jogos do Soberano para comentar / analisar, decidi escrever uma série de posts, intitulada “Futebol Corporativo”, onde tratarei sobre como métodos e práticas corporativas  podem impactar positivamente os resultados nos clubes de futebol, obviamente, buscando sempre um paralelo com o nosso Tri-color.  Sendo assim, segue abaixo a agenda e os títulos a serem publicados:


  • 16/06 – Futebol Corporativo: objetivos, metas e planejamento estratégico.
  • 23/06 – Futebol Corporativo: gestão de projetos e resultados.
  • 30/06 – Futebol Corporativo: gestão de marketing, o foco do torcedor.


Em tempo, sei que o São Paulo não é “apenas” um clube de futebol. Contudo, estou certo que o futebol é a linha de negócios mais significativa para o clube, assim como, é também o assunto de maior interesse para o amigo leitor. Por isto, o enfoque neste tema. De qualquer forma, os conceitos que serão apresentados podem ser transportados para outros setores ou unidades de negócio do clube.

A série de posts também tem por objetivo motivar uma reflexão sobre como o futebol deve ser conduzido enquanto business. Claro, os assuntos que serão abordados cobrem minimamente um tema tão complexo e composto por tantas variáveis. Porém, certamente, eles atingem as questões mais sensíveis a nós, São-Paulinos: como o clube pode ser bem sucedido em sua busca por títulos e como estar próximo e alinhado com os interesses de seus torcedores pode contribuir para o crescimento sustentável enquanto instituição.

Por fim, conto com seu prestígio e sinta-se à vontade para opinar / comentar!

Amplexos,

Ottoni

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