Caros Tricampões Mundiais, frequentemente, em conversas com
outros torcedores e lendo as mensagens enviadas através das diversas redes
sociais, observo que, em vários momentos, são mencionados conceitos ou técnicas
corporativas como, por exemplo, “projeto”, “planejamento”, “gestão”, etc. Em
particular, quando estes temas são associados especificamente ao nosso
Tri-color, eles se tornam mais corriqueiros. Afinal, o São Paulo foi um dos
primeiros (senão, o primeiro) clube brasileiro a adotar um modelo de
administração mais profissional. Contudo, por vezes, me questiono: será que,
quando pessoas citam esses conceitos e técnicas, elas sabem, exatamente, do que
estão falando?
Por outro lado, quando penso em “modelo de gestão”, me
pergunto: será que nosso Tri-color utiliza as melhores práticas e será que as
práticas em vigor estão alinhadas às necessidades, desejos e valores reconhecidamente
importantes para nossa torcida e sócios? A meu ver, a resposta para este duplo
questionamento teria que, obrigatoriamente, ser “sim”, pois a razão pela qual o
clube existe é em função da busca pela satisfação de seus sócios e de sua
torcida. A eficiência na administração é
fundamental para trazer bons resultados que, no caso de um clube de futebol,
podem ser traduzidos em “títulos” que, por sua vez, serão traduzidos em
“sucesso”. Tal sucesso, naturalmente,
traria novos torcedores e sócios, que “investiriam” no clube, em seus produtos
e serviços, gerando assim maiores receitas e fazendo o “negócio” crescer. Caso
este processo consiga ser realizado de maneira cíclica, poderíamos afirmar que o
“crescimento sustentável” e a satisfação contínua dos torcedores e sócios foram
alcançados. Em resumo, a razão de ser (missão) do clube foi atingida.
Claro, fazer com que tudo o que escrevi nos parágrafos anteriores
aconteça é infinitamente mais complicado do que parece. Após vinte anos atuando
no mundo corporativo e observando de perto como alguns negócios são conduzidos,
sejam eles bem ou mal sucedidos, fica inevitável a comparações com o mundo do
futebol. Esta comparação me leva à certeza de que, algumas técnicas corporativas
e multidisciplinares podem trazer benefícios enormes à gestão dos clubes.
Então, aproveitando o intervalo promovido pela Copa das Confederações, entre os
dias quinze e trinta de junho, período em que não terei os jogos do Soberano
para comentar / analisar, decidi escrever uma série de posts, intitulada “Futebol Corporativo”, onde tratarei sobre como métodos e práticas corporativas podem impactar positivamente os resultados nos
clubes de futebol, obviamente, buscando sempre um paralelo com o nosso
Tri-color. Sendo assim, segue abaixo a
agenda e os títulos a serem publicados:
- 16/06 – Futebol Corporativo: objetivos, metas e planejamento estratégico.
- 23/06 – Futebol Corporativo: gestão de projetos e resultados.
- 30/06 – Futebol Corporativo: gestão de marketing, o foco do torcedor.
Em tempo, sei que o São Paulo não é “apenas” um clube de
futebol. Contudo, estou certo que o futebol é a linha de negócios mais
significativa para o clube, assim como, é também o assunto de maior interesse
para o amigo leitor. Por isto, o enfoque neste tema. De qualquer forma, os
conceitos que serão apresentados podem ser transportados para outros setores ou
unidades de negócio do clube.
A série de posts também
tem por objetivo motivar uma reflexão sobre como o futebol deve ser conduzido
enquanto business. Claro, os assuntos
que serão abordados cobrem minimamente um tema tão complexo e composto por
tantas variáveis. Porém, certamente, eles atingem as questões mais sensíveis a
nós, São-Paulinos: como o clube pode ser bem sucedido em sua busca por títulos
e como estar próximo e alinhado com os interesses de seus torcedores pode
contribuir para o crescimento sustentável enquanto instituição.
Por fim, conto com seu prestígio e sinta-se à vontade para
opinar / comentar!
Amplexos,
Ottoni
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