sexta-feira, 30 de março de 2012

“Liderança”, o que exatamente significa isto?


No caso do Paulistão, não significa muita coisa. Exceto que, na primeira fase, seu time teve um desempenho melhor do que os demais, errou menos e, por isso, terá o direito de jogar em casa na quarta e, caso siga adiante, na semifinal. Lembrando que ambas as fases serão disputadas em jogo único. Caso exista empate, o confronto será decidido nos pênaltis. Em resumo, o único benefício é ter o direito de contar com a torcida nas arquibancadas.

De qualquer forma, especificamente, para o São Paulo, a liderança significa mais que isso. No inicio da temporada, com a grande reformulação no elenco, falta de entrosamento, diversas lesões e contusões e, principalmente, com o inicio de trabalho efetivo do Leão, pairava sobre o Morumbi uma enorme sombra de dúvida quanto ao sucesso de toda essa reestruturação. Além disso, também, não podemos esquecer o imediatismo dos torcedores, que querem ver o Tricolor sempre dando espetáculo (culpa do Telê, rs), e dos repórteres, ansiosos para ter o que escrever, seja sobre sucessos, fracassos, fofocas ou polêmicas.

Contudo, podemos dizer que, em aproximadamente três meses, o São Paulo conseguiu se reinventar. A liderança, alcançada nas duas últimas rodadas, comprova que a estratégia definida esta no caminho certo, traz tranquilidade ao elenco e confiança para continuidade do trabalho. Também, não podemos esquecer a motivação extra, em manter o bom desempenho e conquistar títulos para coroar o sucesso de todos. Afinal de contas, a história do “Soberano”, como a de qualquer outro grande clube em nível mundial, é construída com títulos.

Claro, ainda restam alguns “ajustes finos” a serem feitos. Precisamos solucionar a fragilidade da lateral-direita e dar um pouco mais de criatividade ao meio-campo. De qualquer forma, os números comprovam, o Tricolor de 2012 é forte e vem para brigar por canecos.

Amplexos!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Preparo faz a diferença, a falta dele também.


Outro dia, estava assistindo o “Gazeta Esportiva” e, entre um bloco e outro, foi exibido um comercial cujo tema era sobre o titulo deste post (aliás, achei a produção excelente). Em resumo, a propaganda mostrava um dia de trabalho, em semáforos de uma grande cidade, na vida de duas pessoas. Um homem, fantasiado de palhaço, com vários equipamentos, e um garoto com 3 ou 4 bolas de tênis. Ambos, quando o semáforo fechava, faziam malabaris para tentar ganhar alguns trocados dos motoristas que aguardavam o sinal verde. O homem, com maior habilidade e mais preparo, realizou acrobacias complexas, elaboradas e arrecadou uma quantia muito superior à obtida pelo garoto, que executou movimentos simples e, por vezes, os errou.

Antes que alguém comece a imaginar que o foco do blog mudou, vou esclarecer porque fiz esta referência. Trazendo este exemplo para o “caso Oscar”, penso que, não importa o que aconteça daqui em diante, o estrago já foi feito. Oscar não voltará a jogar pelo São Paulo. Não há mais clima para ele no Morumbi. O jogador já declarou que não deseja defender o ex-clube novamente, ou seja, para ele, não existe motivação em vestir a camisa do Tricolor. Sendo assim, para evitar maiores desconfortos, é crucial que o São Paulo recupere definitivamente os direitos sobre o atleta e o negocie rapidamente. Sendo cético e, acima de tudo, critico, o maior beneficio que o Tricolor pode obter, após todos os acontecimentos, neste caso, é o financeiro.

Em tempo, independente de qual seja o desfecho, precisamos entender o que gerou todo este desgaste. Qual foi a causa raiz desta situação?  Creio que a resposta a esta pergunta é: preparo. Quando o Oscar entrou com a ação litigiosa contra o São Paulo, ele era um menino (na verdade, ainda é) influenciado pelo empresário cujo único objetivo era (na verdade, também, ainda é) financeiro. Obviamente, o Oscar não tinha e, certamente, até hoje, não tem, conhecimento jurídico suficiente para entender os riscos e os possíveis desdobramentos da ação que moveu contra o Tricolor. Neste momento, ele deve estar muito assustado. Porém, sem saber ao certo o que acontecerá com seu futuro.


Tudo isso, meus amigos, é resultado da falta de preparo, acompanhamento e orientação. No Brasil, a absoluta maioria dos jogadores que estão começando a carreira não recebem qualquer tipo de embasamento sobre temas importantes como, por exemplo, ética, direitos e deveres trabalhistas, possíveis escopos de contrato, administração financeira, como lidar com a fama, etc. Não estou dizendo que os boleiros devem ser especialistas neste assuntos. Porém, devem ter (cons)ciência sobre o mundo a sua volta e como suas ações podem impactar e influenciar este contexto. Sendo assim, é fundamental que os clubes e as famílias dos futuros Oscar, Lucas e Neymar, forneçam total respaldo a estes meninos. Contribuindo, não só para a formação de bons jogadores mas, também, para a formação de bons profissionais e, se possível, como era a filosofia do mestre Telê, com a formação de bons Homens.  Talvez, se estes cuidados tivessem sido tomados junto ao Oscar, todo este stress teria sido evitado. Afinal, “preparo faz a diferença, a falta dele também”.

Amplexos!

terça-feira, 27 de março de 2012

O São Paulo é: Leão e mais 11!


Após a 15ª rodada do Paulistão e a primeira fase da Copa do Brasil, chego à conclusão que o melhor reforço contratado pelo Tricolor, ao final do ano passado, foi Emerson Leão. Claro, como qualquer outro treinador (ou seria melhor dizer: qualquer um de nós?), nosso comandante é passível de erros. Porém, observando os resultados e os números, temos que reconhecer, ele acertou muito mais do que errou. Afinal de contas, o São Paulo é líder do Paulista com um dos melhores ataques e, após alguns vacilos, uma defesa que esta se mostrando cada vez mais consistente.

Depois de ler a reflexão acima, estou certo de que os torcedores mais exigentes dirão: “ok, mas até agora não ganhamos nada!”. Bom, também tenho que concordar. É fato! Contudo, creio que a maior vitória do Leão não esteja nos resultados obtidos até agora, mas, sim, na filosofia, postura, comprometimento e empenho implantados no elenco. Há tempos não via um São Paulo tão aguerrido em campo. O time não desiste da vitória até o último segundo de jogo. Qual são-paulino não ficou orgulhoso em assistir a vitória contra o Santos?

Pois é, mas não é só de atitudes positivas que é feito um grande time. A equipe, também, tem que apresentar um futebol agradável, produzindo bons lances, pressionando os adversários, sendo solida na defesa e transmitindo confiança às arquibancadas. Em resumo, como diria o Muricy, o time tem que ser “cascudo”! Um time só se torna “cascudo” com muitos treinos, suando a camisa no CT. Desde o inicio do ano, o Leão não deu moleza ao elenco. Aliás, já faz um bom tempo que não via o Tricolor treinar tanto. Então, méritos ao nosso técnico novamente.

É isso aí, pessoal! O Lucas anda arrebentando, o Fabuloso voltou a ser matador, o Cícero e o Cortês têm feito boas apresentações, o Rhodolfo tem sido uma muralha na defesa, mas não podemos esquecer o trabalho que é feito nos bastidores.  O Leão esta, aos poucos, dando ao São Paulo uma nova cara, um rosto vencedor! Parabéns, Leão!

Amplexos,

Ottoni