quarta-feira, 29 de maio de 2013

São Paulo 5 x 1 Vasco: a "Fabulosa" noite do "Bandido"!




Em noite com dois tempos completamente distintos, o Soberano confirmou seu favoritismo jogando em casa, goleou o Vasco por 5 a 1 e somou mais três pontos na tabela.  Quem assistiu ao embate pôde observar uma primeira etapa completamente apática, as duas equipes pouco criaram e o jogo ficou muito “embolado” no meio campo. Roni e Silvinho, que tiveram a oportunidade de entrar como titulares, pouco contribuiu. Caso pretendam se firmar, precisarão mostrar mais serviço.

Já no segundo tempo, com as substituições de Roni por Maicon e Silvinho por Aloísio, o São Paulo foi outro. Ganhou em movimentação e volume de jogo e, desde o início, buscou o gol, levando perigo à meta de Michel Alves. Resultado: dois gols do Fabuloso, um de Aloísio, um de Carleto e um de Luan, contra. Dakson marcou o gol de honra para o time de São Januário.

Além do placar elástico que, há algum tempo, não tínhamos a oportunidade comemorar, também pudemos observar alguns fatos muito positivos como, por exemplo, a união do time durante as comemorações e junto a Ney Franco. Contudo, gostaria de destacar quatro que julgo serem os mais importantes:

A consistência de Lúcio e Paulo Miranda: ótima exibição de nossa dupla de zaga. Implacáveis na defesa, não deram chances às investidas dos atacantes vascaínos. Bela exibição!

A postura de Luís Fabiano: apesar dos recentes desconfortos, o Fabuloso demonstrou grande empenho, vontade e qualidade. Ajudou na marcação, se movimentou o tempo todo e deixou sua marca por duas vezes. Em resumo, uma apresentação impecável. PARABÉNS!

A raça de Aloísio:  para quem ainda não tinha entendido o apelido de “Boi Bandido”, o confronto de hoje serviu para esclarecer qualquer dúvida. Nosso camisa 19 se machucou no primeiro lance, mas  a impressão que ficou foi a de que a dor no ombro o deixou mais “ligado”. Muita raça e disposição, deu uma assistência para Luís Fabiano converter e também deixou seu tento. Excelente!

A ótima interferência de Ney Franco: tudo o que escrevi sobre o Fabuloso e o Bandido não seria possível sem a intervenção cirúrgica de Ney Franco. Nosso comandante enxergou perfeitamente o que ocorreu no primeiro tempo e conseguiu realizar as alterações de forma a mudar completamente a cara do time. É isso o que esperamos do nosso técnico: ações precisas e inteligentes. Ótimo trabalho!

Contudo, precisamos manter os pés no chão e já olhar para o confronto do próximo domingo. Contra o Atlético-MG, não podemos nos dar ao luxo de fazer um primeiro tempo tão ruim. De qualquer forma,  estou certo de que, até lá, o time estará preparado e teremos a oportunidade de desafiar alguns “tabus” que foram criados recentemente...

Amplexos e ótimo feriado a toda Nação Tricampeã Mundial!

Ottoni

São Paulo x Vasco: o retorno do Mito e oportunidades para Roni e Silvinho





Nesta quarta-feira, as 19:30, no Morumbi, pela segunda rodada do Brasileirão, nosso Tri-color enfrentará o Vasco, com algumas novidades, entre elas, o retorno de RC01. O provável SP que irá a campo é:

Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Paulo Miranda e Carleto; Rodrigo Caio, Denilson e Roni; Silvinho, Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.

Edson Silva, expulso, Rafael Toloi e P.H. Ganso, entregues ao departamento médico, desfalcarão a equipe.

Caso a escalação acima se confirme, também, observaremos a volta do esquema tático 4-2-3-1, preferido por Ney Franco.  Com apenas um meia de criação à disposição, nosso comandante preferiu manter Silvinho no ataque, que formará o trio ofensivo ao lado do Fabuloso e Osvaldo. Roni, no lugar de Jadson, que se juntou, ontem, à Seleção Brasileira para disputa da Copa das Confederações, será a ”mente criativa” do time.  

Particularmente, acho interessante ficar de olho na dupla recém chegada de Mogi Mirim e Penápolis. Roni se apresentou bem no amistoso contra o Londrina e Silvinho teve boa atuação diante da Ponte. Espero que ambos tenham bom entrosamento e possam ajudar nosso Tri-color. Vamos observar...

Por fim, o fato de jogar em casa e o mau momento vivido pelo Vasco tornam o SP favorito.  Certamente, temos condições de sair com a vitória e somar mais três importantes pontos na tabela. Afinal de contas, o Campeonato Brasileiro é uma disputa de regularidade, onde é mandatório ter bom desempenho dentro de seus domínios e não perder pontos fora dele.

VAMO, SÃO PAULO!

Amplexos,

Ottoni

terça-feira, 28 de maio de 2013

O legado de 1993





Caros Tricampeões Mundiais, há 20 anos, em 26 de maio de 1993, nosso São Paulo conquistava a América pela segunda vez. Sendo assim, obviamente, não poderia deixar de comentar sobre este importante aniversário, que deu novos rumos à cultura Tri-color e ajudou a nos consolidar como o clube brasileiro com o maior número de títulos internacionais.

Quando nós, São-paulinos, que acompanhamos o início da década de 90 e tivemos o privilégio de presenciar toda a “Era Telê”, falamos sobre as conquistas daquela época, fica impossível não nos lembrarmos do nosso saudoso Mestre que, em algum lugar no paraíso, deve abrir aquele largo sorriso e, com lágrimas nos olhos, se orgulhar de tudo o que ajudou a construir. Também, não podemos nos esquecer do time que foi a campo contra o Universidad Católica e, de maneira avassaladora, goleou o adversário por 5 a 1, o que é, até  hoje, o placar mais elástico em finais de Libertadores em todos os tempos.  Contra os chilenos, o SP jogou com:

Zetti, Vitor, depois Cate, Gilmar, Válber e Ronaldão, depois André Luis; Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Muller e Palhinha. Técnico: Tele Santana

Contudo,  ter vencido pela segunda vez a Libertadores nos deixou mais do que uma bela taça em nossa vasta sala de troféus. Telê e seus comandados nos deixaram uma herança que transcende o que, normalmente, está em jogo dentro das quatro linhas: deixaram um legado que marcou profundamente algumas gerações de São-Paulinos. Tal legado não trata somente das conquistas que, em minha opinião, apenas comprovaram o sucesso da filosofia implantada pelo Mestre, mas, tratam, também e principalmente, sobre uma visão diferenciada do futebol e de seus diferentes aspectos, que vão desde as formas de treinamento, concentração, esquemas táticos, padrões de jogo, até sobre a valorização dos jogadores como cidadãos, profissionais  e, acima de tudo, como exemplos de integridade e cidadania. Algumas frases de Telê que comprovam esta linha de pensamento:
  • “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente"
  • “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo.”
  • "Competir, competir. Os meninos das escolinhas têm que ganhar a qualquer custo e já começam a dar pancada. Não desenvolvem o lado criativo.”
  • “Não sou inventor nem faço milagres. Apenas trabalho com dedicação e muito respeito.”
  • “Gosto de treinar à moda antiga, com muito bola e coletivo, que é o que o jogador gosta.”
  • “Há quem me chame de romântico, mas sei que estou colaborando com o futebol. E isso me dá satisfação.”
  • “Um futebol como o nosso não pode jogar para empatar.”

Então, amigos leitores, creio que esta data seja uma oportunidade para reconhecermos e comemorarmos tudo o que representa a camisa Tri-color, nosso manto sagrado. Quando usarem nossas cores, - sim, não me refiro só ao uniforme, me refiro a qualquer forma de referência ao “time da fé” -  lembrem-se sempre sobre o que elas simbolizam. Lembrem-se do legado e orgulhem-se dele.

Ser São-paulino, é mais do que simplesmente torcer para um time de futebol, é acreditar que o próprio futebol pode ser diferente e ir muito além das quatro linhas ou dos 90 minutos.

Então, deixo aqui meu muito obrigado e meus sinceros “parabéns” ao Telê, ao seu fantástico e histórico time, por tudo o que construíram!

Deixo, também, meus “parabéns” a você por ter escolhido torcer por tudo isto. Certamente, de alguma forma, sua escolha toca os valores descritos acima e diz um pouco sobre quem você é!

Amplexos,

Ottoni

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Uma vitória que pode valer mais do que três pontos





Ontem, contra a Macaca, nosso Tri-color deu seu primeiro e importante passo rumo à conquista do sétimo título nacional. Sem a presença de nossa imensa torcida que, por motivos de segurança, não pôde presenciar o jogo, o SP venceu o embate por 2 a 0 e terminou a primeira rodada do Brasileirão 2013 na quarta colocação.

Tão positivo (ou mais) quanto a vitória foram alguns evidentes pontos de atenção que pudemos observar durante os quase 95 minutos de jogo, principalmente, relacionados ao sistema defensivo. Afinal, avaliando de forma cética, enfrentamos uma equipe que, provavelmente, terminará a competição na zona intermediária da tabela.

Sendo assim, creio que o primeiro item a avaliar seja a participação dos laterais, em particular, no apoio à defesa. Carleto, o mais esforçado em campo, tem dificuldades técnicas e acaba pecando na recomposição defensiva, deixando, por vezes, uma “avenida” em suas costas. Notem que, no lance do gol da Ponte, após o chute espalmado por Dênis, Carleto deixou de acompanhar a descida de Baraka que, por sua vez, acabou finalizando e convertendo. Por sorte, o volante ponte-pretano estava em posição de impedimento e o bandeira, corretamente, anulou o gol. Neste lance, faltou “cacoete” de marcador ao nosso lateral-esquerdo, que deveria ter acompanhado a jogada até sua conclusão.

Quanto à lateral-direita, com certeza, trata-se do nosso problema mais critico e imediato. Douglas pouco apoiou o ataque e teve desempenho discreto na marcação. Precisa evoluir muito caso pretenda se consolidar como titular em sua posição de origem. Contudo, o campeonato já está em andamento. Então, é necessário que a melhora seja em curtíssimo prazo.

Sobre a dupla de zaga, Lúcio esteve muito bem: firme e preciso na marcação. Inclusive, em lance de bola parada no ataque Tri-color, onde a presença dos zagueiros, devido as suas alturas, é essencial, deixou sua marca. Já Edson Silva, mesmo em jogo razoavelmente controlado, conseguiu ser expulso. Só não comprometeu o resultado porque o jogo já estava no segundo tempo e o placar apontava 2 a 0 a nosso favor. Contudo, em função do cartão vermelho, Ney Franco precisou recompor a defesa, abrindo mão de um atacante, Silvinho, e colocando em campo Paulo Miranda. Em resumo, a expulsão não tirou nossa vitória, mas tirou a possibilidade de ampliarmos o marcador e conseguirmos um resultado mais expressivo. Lembrando que o saldo de gols, caso necessário, é critério de desempate.

Deixando de lado as questões técnicas, é importante destacar o comportamento do time, muito aguerrido. Também, após os lances dos gols, pudemos observar todos os jogadores comemorando, se cumprimentando e sorrindo, uma evidência de que o ambiente dentro do elenco está melhorando. Destaque especial às declarações de Luís Fabiano, ao final do jogo, que foram em tom mais conciliador e ameno do que as que ele mesmo realizou durante o intervalo do amistoso contra o Londrina. Aos poucos, a volta do bom ambiente e da tranquilidade, certamente, irão colaborar de forma positiva para a continuidade do trabalho.

Para fechar este post, não poderia deixar de citar nosso comandante: Ney Franco, que tem uma bela “lição de casa” pela frente. Há tempos nosso sistema defensivo não inspira muita confiança. É preciso corrigir as falhas citadas acima e outras já conhecidas como, por exemplo, nossa dificuldade com “bolas aéreas”. Entendo que temos opções limitadas dentro do elenco. Porém, também, entendo que podemos evoluir com as alternativas a disposição. Então, para que possamos obter um resultado / desempenho mais adequado, cabe ao nosso técnico trabalhar com as possíveis variáveis dentro desta “complexa” equação.  Sendo assim, após analisar alguns detalhes referentes à nossa vitória diante da Ponte, creio que, se soubermos aproveitar as oportunidades de melhoria, poderemos dizer: certamente, valeu mais do que três pontos.

Amplexos,

Ottoni