Caros Tricampeões Mundiais, há 20 anos, em 26 de maio de
1993, nosso São Paulo conquistava a América pela segunda vez. Sendo assim,
obviamente, não poderia deixar de comentar sobre este importante aniversário,
que deu novos rumos à cultura Tri-color e ajudou a nos consolidar como o clube
brasileiro com o maior número de títulos internacionais.
Quando nós, São-paulinos, que acompanhamos o início da
década de 90 e tivemos o privilégio de presenciar toda a “Era Telê”, falamos
sobre as conquistas daquela época, fica impossível não nos lembrarmos do nosso
saudoso Mestre que, em algum lugar no paraíso, deve abrir aquele largo sorriso
e, com lágrimas nos olhos, se orgulhar de tudo o que ajudou a construir.
Também, não podemos nos esquecer do time que foi a campo contra o Universidad
Católica e, de maneira avassaladora, goleou o adversário por 5 a 1, o que é,
até hoje, o placar mais elástico em finais
de Libertadores em todos os tempos. Contra
os chilenos, o SP jogou com:
Zetti, Vitor, depois Cate, Gilmar, Válber e Ronaldão, depois
André Luis; Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Muller e Palhinha. Técnico: Tele
Santana
Contudo, ter vencido pela
segunda vez a Libertadores nos deixou mais do que uma bela taça em nossa vasta
sala de troféus. Telê e seus comandados nos deixaram uma herança que transcende
o que, normalmente, está em jogo dentro das quatro linhas: deixaram um legado
que marcou profundamente algumas gerações de São-Paulinos. Tal legado não trata
somente das conquistas que, em minha opinião, apenas comprovaram o sucesso da filosofia
implantada pelo Mestre, mas, tratam, também e principalmente, sobre uma visão
diferenciada do futebol e de seus diferentes aspectos, que vão desde as formas
de treinamento, concentração, esquemas táticos, padrões de jogo, até sobre a
valorização dos jogadores como cidadãos, profissionais e, acima de tudo, como exemplos de integridade
e cidadania. Algumas frases de Telê que comprovam esta linha de pensamento:
- “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente"
- “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo.”
- "Competir, competir. Os meninos das escolinhas têm que ganhar a qualquer custo e já começam a dar pancada. Não desenvolvem o lado criativo.”
- “Não sou inventor nem faço milagres. Apenas trabalho com dedicação e muito respeito.”
- “Gosto de treinar à moda antiga, com muito bola e coletivo, que é o que o jogador gosta.”
- “Há quem me chame de romântico, mas sei que estou colaborando com o futebol. E isso me dá satisfação.”
- “Um
futebol como o nosso não pode jogar para empatar.”
Então, amigos leitores, creio que esta data seja uma oportunidade para reconhecermos e comemorarmos tudo o que representa a camisa Tri-color, nosso manto sagrado. Quando usarem nossas cores, - sim, não me refiro só ao uniforme, me refiro a qualquer forma de referência ao “time da fé” - lembrem-se sempre sobre o que elas simbolizam. Lembrem-se do legado e orgulhem-se dele.
Ser São-paulino, é mais do que simplesmente torcer para um
time de futebol, é acreditar que o próprio futebol pode ser diferente e ir
muito além das quatro linhas ou dos 90 minutos.
Então, deixo aqui meu muito obrigado e meus sinceros “parabéns”
ao Telê, ao seu fantástico e histórico time, por tudo o que construíram!
Deixo, também, meus “parabéns” a você por ter escolhido
torcer por tudo isto. Certamente, de alguma forma, sua escolha toca os valores
descritos acima e diz um pouco sobre quem você é!
Amplexos,
Ottoni
Nao existiu e nao existira um técnico como o nosso mestre TELE
ResponderExcluirConcordo. Como ele, será difícil.
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