terça-feira, 28 de maio de 2013

O legado de 1993





Caros Tricampeões Mundiais, há 20 anos, em 26 de maio de 1993, nosso São Paulo conquistava a América pela segunda vez. Sendo assim, obviamente, não poderia deixar de comentar sobre este importante aniversário, que deu novos rumos à cultura Tri-color e ajudou a nos consolidar como o clube brasileiro com o maior número de títulos internacionais.

Quando nós, São-paulinos, que acompanhamos o início da década de 90 e tivemos o privilégio de presenciar toda a “Era Telê”, falamos sobre as conquistas daquela época, fica impossível não nos lembrarmos do nosso saudoso Mestre que, em algum lugar no paraíso, deve abrir aquele largo sorriso e, com lágrimas nos olhos, se orgulhar de tudo o que ajudou a construir. Também, não podemos nos esquecer do time que foi a campo contra o Universidad Católica e, de maneira avassaladora, goleou o adversário por 5 a 1, o que é, até  hoje, o placar mais elástico em finais de Libertadores em todos os tempos.  Contra os chilenos, o SP jogou com:

Zetti, Vitor, depois Cate, Gilmar, Válber e Ronaldão, depois André Luis; Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Muller e Palhinha. Técnico: Tele Santana

Contudo,  ter vencido pela segunda vez a Libertadores nos deixou mais do que uma bela taça em nossa vasta sala de troféus. Telê e seus comandados nos deixaram uma herança que transcende o que, normalmente, está em jogo dentro das quatro linhas: deixaram um legado que marcou profundamente algumas gerações de São-Paulinos. Tal legado não trata somente das conquistas que, em minha opinião, apenas comprovaram o sucesso da filosofia implantada pelo Mestre, mas, tratam, também e principalmente, sobre uma visão diferenciada do futebol e de seus diferentes aspectos, que vão desde as formas de treinamento, concentração, esquemas táticos, padrões de jogo, até sobre a valorização dos jogadores como cidadãos, profissionais  e, acima de tudo, como exemplos de integridade e cidadania. Algumas frases de Telê que comprovam esta linha de pensamento:
  • “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente"
  • “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo.”
  • "Competir, competir. Os meninos das escolinhas têm que ganhar a qualquer custo e já começam a dar pancada. Não desenvolvem o lado criativo.”
  • “Não sou inventor nem faço milagres. Apenas trabalho com dedicação e muito respeito.”
  • “Gosto de treinar à moda antiga, com muito bola e coletivo, que é o que o jogador gosta.”
  • “Há quem me chame de romântico, mas sei que estou colaborando com o futebol. E isso me dá satisfação.”
  • “Um futebol como o nosso não pode jogar para empatar.”

Então, amigos leitores, creio que esta data seja uma oportunidade para reconhecermos e comemorarmos tudo o que representa a camisa Tri-color, nosso manto sagrado. Quando usarem nossas cores, - sim, não me refiro só ao uniforme, me refiro a qualquer forma de referência ao “time da fé” -  lembrem-se sempre sobre o que elas simbolizam. Lembrem-se do legado e orgulhem-se dele.

Ser São-paulino, é mais do que simplesmente torcer para um time de futebol, é acreditar que o próprio futebol pode ser diferente e ir muito além das quatro linhas ou dos 90 minutos.

Então, deixo aqui meu muito obrigado e meus sinceros “parabéns” ao Telê, ao seu fantástico e histórico time, por tudo o que construíram!

Deixo, também, meus “parabéns” a você por ter escolhido torcer por tudo isto. Certamente, de alguma forma, sua escolha toca os valores descritos acima e diz um pouco sobre quem você é!

Amplexos,

Ottoni

2 comentários:

  1. Nao existiu e nao existira um técnico como o nosso mestre TELE

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