Ontem, contra a Macaca, nosso Tri-color deu seu primeiro e importante
passo rumo à conquista do sétimo título nacional. Sem a presença de nossa
imensa torcida que, por motivos de segurança, não pôde presenciar o jogo, o SP
venceu o embate por 2 a 0 e terminou a primeira rodada do Brasileirão 2013 na
quarta colocação.
Tão positivo (ou mais) quanto a vitória foram alguns
evidentes pontos de atenção que pudemos observar durante os quase 95 minutos de
jogo, principalmente, relacionados ao sistema defensivo. Afinal, avaliando de
forma cética, enfrentamos uma equipe que, provavelmente, terminará a competição
na zona intermediária da tabela.
Sendo assim, creio que o primeiro item a avaliar seja a
participação dos laterais, em particular, no apoio à defesa. Carleto, o mais
esforçado em campo, tem dificuldades técnicas e acaba pecando na recomposição defensiva,
deixando, por vezes, uma “avenida” em suas costas. Notem que, no lance do gol
da Ponte, após o chute espalmado por Dênis, Carleto deixou de acompanhar a
descida de Baraka que, por sua vez, acabou finalizando e convertendo. Por
sorte, o volante ponte-pretano estava em posição de impedimento e o bandeira,
corretamente, anulou o gol. Neste lance, faltou “cacoete” de marcador ao nosso
lateral-esquerdo, que deveria ter acompanhado a jogada até sua conclusão.
Quanto à lateral-direita, com certeza, trata-se do nosso
problema mais critico e imediato. Douglas pouco apoiou o ataque e teve desempenho
discreto na marcação. Precisa evoluir muito caso pretenda se consolidar como
titular em sua posição de origem. Contudo, o campeonato já está em andamento.
Então, é necessário que a melhora seja em curtíssimo prazo.
Sobre a dupla de zaga, Lúcio esteve muito bem: firme e preciso
na marcação. Inclusive, em lance de bola parada no ataque Tri-color, onde a
presença dos zagueiros, devido as suas alturas, é essencial, deixou sua marca.
Já Edson Silva, mesmo em jogo razoavelmente controlado, conseguiu ser expulso.
Só não comprometeu o resultado porque o jogo já estava no segundo
tempo e o placar apontava 2 a 0 a nosso favor. Contudo, em função do cartão
vermelho, Ney Franco precisou recompor a defesa, abrindo mão de um atacante,
Silvinho, e colocando em campo Paulo Miranda. Em resumo, a expulsão não tirou
nossa vitória, mas tirou a possibilidade de ampliarmos o marcador e
conseguirmos um resultado mais expressivo. Lembrando que o saldo de gols, caso
necessário, é critério de desempate.
Deixando de lado as questões técnicas, é importante destacar
o comportamento do time, muito aguerrido. Também, após os lances dos gols, pudemos
observar todos os jogadores comemorando, se cumprimentando e sorrindo, uma
evidência de que o ambiente dentro do elenco está melhorando. Destaque especial
às declarações de Luís Fabiano, ao final do jogo, que foram em tom mais
conciliador e ameno do que as que ele mesmo realizou durante o intervalo do
amistoso contra o Londrina. Aos poucos, a volta do bom ambiente e da tranquilidade,
certamente, irão colaborar de forma positiva para a continuidade do trabalho.
Para fechar este post,
não poderia deixar de citar nosso comandante: Ney Franco, que tem uma bela “lição
de casa” pela frente. Há tempos nosso sistema defensivo não inspira muita
confiança. É preciso corrigir as falhas citadas acima e outras já conhecidas
como, por exemplo, nossa dificuldade com “bolas aéreas”. Entendo que temos
opções limitadas dentro do elenco. Porém, também, entendo que podemos evoluir com
as alternativas a disposição. Então, para que possamos obter um resultado /
desempenho mais adequado, cabe ao nosso técnico trabalhar com as possíveis
variáveis dentro desta “complexa” equação.
Sendo assim, após analisar alguns detalhes referentes à nossa vitória diante
da Ponte, creio que, se soubermos aproveitar as oportunidades de melhoria, poderemos
dizer: certamente, valeu mais do que três pontos.
Amplexos,
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