domingo, 27 de maio de 2012

São Paulo x Bahia: para engrenar no Brasileirão.




Caros amigos leitores, já adianto que este post será rápido! Apenas gostaria de comentar sobre a importância da vitória diante do Bahia, um time comandado por Falcão que, dentro das limitações de cada jogador, segue a filosofia de seu técnico, que participou da fantástica seleção de 82 e que aprendeu com o mestre Telê a importância do futebol inteligente e bem jogado. Por estes motivos, estou certo de que desta tarde não será fácil.

Do lado Tricolor, Emerson Leão, além das ausências rotineiras, não contará com Uvini, Casemiro e Lucas, a serviço da seleção. Será uma boa oportunidade para nosso técnico colocar a prova outros atletas como, por exemplo, Rodrigo Caio, Maicon e Osvaldo ou Rafinha. Particularmente, creio que teremos boas surpresas.

De qualquer forma, independente das situações de cada lado, o São Paulo precisa conquistar a vitória para não se distanciar demais dos primeiros colocados. Claro que o campeonato ainda está em seu inicio, mas os 3 pontos das primeiras rodadas valem tanto quanto os das últimas, e sabemos o quanto podem fazer falta. VAMO SÃO PAULO!

Amplexos!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Classificação confirmada, agora é a vez da diretoria.




Ontem a noite, quem assistiu ao jogo, viu um São Paulo atuando com o regulamento embaixo do braço. Sem correr grandes riscos, o Tricolor empatou em 2 a 2 com o Goiás e garantiu sua passagem para as semifinais da Copa do Brasil. Além da classificação,  como também era previsto, tivemos outras importantes constatações como, por exemplo, a postura guerreira dos atletas, que já foi observada em vários outros jogos nesta temporada como, por exemplo, os duelos contra o Santos durante a fase de classificação do Paulista e contra a Ponte Preta, pelo segundo jogo das oitavas de final da Copa da Brasil. Contudo, como o amigo leitor poderá conferir nos links abaixo, o que realmente me chamou a atenção foi o discurso dos jogadores e do Leão após o jogo:


Parece que todo o ruído, criado por alguns veículos da imprensa nas últimas semanas, apenas serviu para unir ainda mais o grupo e seu técnico. O time está fechado com Leão e acredita em seu trabalho. O que será ótimo para continuidade da temporada. Conforme comentei em alguns posts anteriores, Leão conquistou, com méritos, a confiança dos jogadores. Por outro lado, os atletas tem se empenhado em atender as orientações do comandante, que reconhece esta dedicação. Como resultado, observamos uma boa evolução da equipe. Claro que ainda existem alguns ajustes pontuais, principalmente, em relação à zaga. De qualquer forma, estamos, sim, no caminho certo.

Em resumo, jogadores, comissão técnica e treinador estão fazendo sua parte dentro de campo e, fora dele, estão se esforçando ao máximo para evitar que fatores externos influenciem no ambiente. Agora, é o momento de a diretoria entrar em cena e dar o respaldo necessário. Seria de bom tom que Juvenal Juvêncio ou Adalberto Batista viessem a público reconhecer, demonstrar confiança e apoio ao bom trabalho realizado. Esta ação, sem dúvida, mitigaria definitivamente os boatos inconvenientes que circulam por aí e traria maior conforto ao grupo. É hora da direção Tricolor também marcar seu gol!

Amplexos!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Goiás x São Paulo: a volta por cima de Leão.




Nesta quarta-feira, o Tricolor entrará em campo para confirmar sua passagem para as semifinais da Copa do Brasil.  Após a vantagem conquistada no jogo de ida, apenas um grande acidente no Serra Dourada será capaz de tirar a vaga do São Paulo. Então, seria apenas mais um confronto razoavelmente tranquilo para o Tricolor?

Definitivamente, não. Mais uma vez, em função de especulações e boatos divulgados pela imprensa, o time e, principalmente, Emerson Leão, entrarão em campo pressionados. Pois, é. Já virou rotina. Contudo, não vou me aprofundar pois já analisei este tema no post anterior:

Blog do Ottoni: São Paulo e o Efeito Borboleta.

De qualquer forma, também, é importante falar sobre a postura do Leão. Apesar de todo o ruído (ou seria melhor dizer barulho?) que chegou ao C.T. da Barra Funda, nosso técnico continuou focado em seu trabalho, manteve o elenco unido e buscou melhorar a qualidade da equipe. Em resumo, Leão se mostrou altamente profissional e comprometido com o São Paulo.

Por outro lado, certamente, nosso comandante está “mordido” e quer provar sua competência, principalmente, aos críticos e fofoqueiros de plantão. Leão é “macaco velho” no futebol e sabe que “bate-boca” pela imprensa só pioram as coisas. Então, não tem se comprometido em suas declarações.  Em paralelo, sabe que seu sucesso depende exclusivamente do desempenho dos jogadores e, por isso, buscou e conquistou a confiança e respeito do grupo.

Quando o Tricolor pisar no gramado do Serra Dourada, além da classificação na Copa do Brasil, Leão estará buscando sua justa, e merecida, reafirmação. Nosso técnico tem, sim, feito um bom trabalho. Em cinco meses ele formou um time que chegou às semifinais do Paulista, foi eliminado pelo time que venceu a competição, que é o atual campeão da Libertadores e que tem um dos melhores jogadores do mundo. Claro, como torcedor, fiquei chateado. Porém, como crítico, não vi nenhuma surpresa.  Afinal de contas, o Santos, atualmente, está em um nível superior.

Há tempos não via um São Paulo tão “raçudo”, que luta pela vitória até o final. Há tempos não via um time tão aguerrido. Hoje, já enxergo estas qualidades em nosso Tricolor. É preciso reconhecer que quem deu estas novas posturas ao time foi o Leão. Então, parabéns ao nosso comandante. Confio em seu trabalho e estou certo de que ainda trará muitas alegrias a nossa grande nação! Contra o Goiás, assistiremos ao inicio da volta por cima de Leão!

Amplexos!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

São Paulo e o Efeito Borboleta.




“O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode causar um furacão no Texas”, foi esta a analogia que Edward Lorenz usou, nos anos 60, para elucidar sua teoria matemática onde, a grosso modo, ele demonstra como diferenças mínimas em variáveis que compõe uma equação podem, ao longo do tempo, comprometer completamente seu resultando final, deixando-o completamente distorcido e impreciso. Edward intitulou esta teoria de “Efeito Borboleta”.

Dito isto, então, qual seria a relação entre o "Efeito Borboleta" e o São Paulo? Na manhã desta segunda-feira, dois sites divulgaram notícias extremamente polêmicas relacionadas ao Tricolor:


A primeira fala sobre o Jadson, que publicou em sua página no Twitter um post, de outro usuário, que apoiava sua postura e criticava a de Emerson Leão. Ainda, segundo a publicação, minutos depois o tweet teria sido removido.

Quanto à segunda, afirma que Emerson Leão, após o confronto contra o Goiás,  será demitido  e Cuca será contratado para substituí-lo.

Amigos leitores, gostaria de fazer um apelo. Precisamos ser críticos ao analisar os conteúdos que são publicados na rede, avaliar as veracidades, contextos em que ocorreram e objetivos. Sendo assim, inicialmente, vamos considerar a notícia sobre o Jadson. Por que o atleta teria esta postura? Acaba de retornar a posição de titular. Apesar da derrota, atuou bem diante do Botafogo. Agora, quer criar uma situação desconfortável com o técnico? Não faz sentido.

Leão será substituído por Cuca após uma derrota na primeira rodada do Brasileiro? Por conta das decisões totalmente precipitadas que nossa diretoria vem tomando nos últimos tempos, acho possível. Porém, mesmo assim, muito difícil. Leão assumiu o time ao final de 2011, apenas para concluir o campeonato Brasileiro. Devido a toda reformulação para a temporada 2012, é justo avaliar seu trabalho apenas de janeiro para cá e, neste caso, notaremos que foi ele quem conseguiu os melhores resultados desde a saída de Muricy. De qualquer forma, é muito cedo para tomarmos qualquer partido. É preciso que o time tenha uma sequência, é preciso dar continuidade ao trabalho. Nós não podemos, torcedores e diretoria, ceder diante das primeiras dificuldades ou dos primeiros resultados negativos.

Após as reflexões acima, também pergunto, quais são as fontes de ambas as notícias? São fontes confiáveis ou estão aí só para causar polêmica, desconforto dentro do Tricolor e garantir alguns acessos a mais a um ou outro site? Lembrem-se, atualmente, os maiores índices de IBOPE são alcançados pelas notícias polêmicas que, frequentemente, informam  algo que não se confirma.

Bons críticos trabalham analisando dados e fatos. Por enquanto, de forma cética, os fatos dizem que o desempenho do time neste ano esta melhor do que nos anos anteriores, que ainda há situações pontuais a serem resolvidas, que perdemos a primeira rodada do Brasileiro e que estamos bem encaminhados na Copa do Brasil. Sendo assim, não vejo nenhum motivo para medidas drásticas.  Acontecimentos pequenos e isolados não podem, em hipótese alguma, interferir no planejamento estabelecido. Não podemos deixar que o “Efeito Borboleta“ da mídia tumultue o ambiente no Morumbi. Principalmente, em semana decisiva.

Amplexos!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Brasileirão 2012: onde os fracos não terão vez.




Começa, no próximo sábado, o Brasileirão 2012, um dos maiores campeonatos de futebol do planeta. Porém, para os apreciadores do bom futebol, do futebol bem jogado, inteligente, alegre e irreverente, o importante não é o tamanho da disputa, o número de clubes envolvidos ou de rodadas disputadas. O importante, no final das contas, é a qualidade.

Nos últimos anos, tivemos muita emoção, com o titulo sendo definido na última ou penúltima rodada. Por outro lado, faltou qualidade. Não tivemos um time que, realmente, fosse acima da média, que jogasse um futebol diferenciado, com toque de bola refinado e que trouxesse uma proposta diferente para a mesmice do futebol brasileiro. Então, o que esperar do Brasileirão 2012?

Particularmente, estou otimista! Vejo que, este ano, teremos boas novidades. A primeira delas ficará pela quantidade de clubes que brigarão pelo caneco. Creio que, São Paulo, Santos, Fluminense, Internacional e Corinthians disputarão, palmo a palmo e até a última rodada, as primeiras colocações. Contudo, neste momento, Santos, Fluminense e Internacional estão à frente do Tricolor e do time da Marginal, pois já possuem equipes completamente formadas e com jogadores diferenciados. O Corinthians também tem, sim, um time bem montado. Porém, sem nenhum diferencial. É apenas um time normal que, através da regularidade, tende a somar pontos diante de adversários mais fracos ou em igualdade de condições. Quanto ao São Paulo, o problema é outro. Temos o melhor artilheiro do país, temos o Lucas, um meia veloz e habilidoso que, em uma arrancada, pode decidir uma partida. Por outro lado, o time ainda esta em formação, aguardando pela volta de jogadores importantes como, por exemplo, Fabricio, Rogério Ceni e Cañete, que poderão contribuir muito na busca pelo titulo.

A segunda novidade fica por conta da janela  de transferências, Devido aos jogos olímpicos, foi antecipada e ocorrerá entre maio e junho. Isto permitirá aos clubes se reforçarem, ainda nas primeiras rodadas, em tempo hábil para sanar alguma deficiência ou dificuldade em posições especificas e permitindo equalizar suas forças com equipes que estiverem em nível superior.

Para finalizar, não podemos deixar de citar as grandes estrelas: Neymar, Lucas, Ganso, Damião, Dedé, Montillo, D’alessandro, Fred, Luiz Fabiano  e Cia. Então, alguém pode dizer: “mas, aqui, não temos nenhuma novidade. Estes caras já estavam por aí no ano passado”. Concordo! Contudo, a maioria deles, por serem muito jovens, estão amadurecendo a cada dia, ganhando experiência e aumentando seu “leque” de recursos. Outros, como o Fabuloso, alcançarão sua forma ideal este ano. Então, estou certo que os jogadores acima irão comandar os shows, serão protagonistas de lances que a deixarão a galera de cabelo em pé e, muito provavelmente, farão a diferença para os escudos que defendem.  

Amigos leitores, preparem-se! No Brasileirão 2012, os fracos não terão vez!

Amplexos!

Mais que um bom resultado!




A boa vitória do Tricolor sobre o Goiás, além de abrir ótima vantagem para o jogo de volta, também, serviu para mostrar que o time, realmente, superou a turbulência das últimas três semanas. Ontem a noite, no Morumbi, o São Paulo mostrou bom volume de jogo, agrediu o adversário e poderia até ter criado um placar mais elástico, caso Luiz Fabiano tivesse aberto o marcador logo nos primeiros segundo de jogo ou se Lucas tivesse convertido seu tento após o belo lançamento de Casemiro.

Contudo, em particular, é importante e justo destacar as atuações de Douglas e Casemiro. Após alguns jogos, podemos afirmar que, enfim, temos um novo dono para a lateral direita. Nosso camisa 23 fez uma partida primorosa, cobriu a defesa e apoiou o ataque. De quebra, fez um belo gol, que nos deixou com uma vantagem confortável para o próximo embate. Casemiro, em sua posição de volante, protegeu de forma eficiente a zaga Tricolor e apoiou o ataque quando teve oportunidade.  Em resumo, deu solidez ao meio-campo.  Parabéns aos dois!

Agora, apesar da primeira rodada do Brasileirão no final de semana,é preciso manter o foco  e entrar em campo com a mesma postura na próxima quarta-feira.

Amplexos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

São Paulo Reloaded


Após a épica vitória sobre a Ponte Preta, o São Paulo volta ao Morumbi para enfrentar o Goiás, atual campeão goiano. Pode não parecer mas, de quarta-feira passada pra cá, muita coisa mudou no Tricolor. Paulo Miranda foi liberado pela diretoria. Leão, por sua vez, irá bancar o zagueiro entre os titulares, que demonstraram total apoio ao jogado e ao técnico. Ou seja, como é de costume dizer no meio futebolístico, o grupo se fechou com o treinador.

Contudo, este não é o único resultado derivado do afastamento do nosso camisa 13. A forma com que tudo aconteceu causou grande desconforto entre a diretoria, comissão técnica e jogadores.  Agora, Leão e o time precisam responder dentro de campo e provar que o trabalho realizado esta no caminho certo, que a diretoria errou e que não é necessário qualquer tipo de interferência externa. Por outro lado, Paulo Miranda precisa provar que tem condições de atuar pelo São Paulo. Para tudo isto, nada melhor que uma apresentação de gala e um resultado expressivo sobre o Goiás.

Aparentemente, os últimos vinte dias serviram para unir ainda mais o grupo. Esta noite, tenho a impressão que veremos um Tricolor ainda melhor do que o que vimos contra a Ponte.  Será mm ponto final para toda esta história e um recomeço na temporada 2012: São Paulo Reloaded.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Não há dúvida!


Esta noite, no Morumbi, diante da grande nação Tricolor e contra a macaca, o São Paulo irá se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil. Isto mesmo! Não tenho qualquer dúvida de que seguiremos adiante na competição, pois tenho alguns bons motivos para isto.

O primeiro deles é “qualidade técnica”. Temos treinador e elenco com qualidade superior aos da Ponte.

O segundo são as consequências de um novo fracasso. Leão e seus comandados estão cientes de que uma eliminação precoce, diante de um adversário inferior, traria duras consequências. Despertaria, novamente, a ira de Juvenal e, principalmente, aumentaria a insatisfação da torcida. Em resumo, a situação, que já não é boa, se tornaria insustentável e cabeças ficariam a prêmio no Morumbi. Ninguém, definitivamente, quer viver esta situação.

Em terceiro, porém, não menos importante, é o “sucesso”. Independente do esporte que pratique, qualquer atleta busca a vitória. No caso dos boleiros, vitória é sinônimo de título, que enriquece o currículo, valoriza o passe e, para os mais jovens, como Lucas e Casemiro, impulsiona e dá consistência ao início da carreira.

Antes de concluir, preciso fazer uma correção. No primeiro parágrafo disse que os motivos acima eram meus. Porém, como vocês puderam perceber, eles não são “só” meus. São, também, do time, do Leão, e tudo isso servirá de motivação quando o Soberano entrar em campo para a decisão desta noite.

Tenho certeza que atravessaremos, quero dizer, passaremos pela Ponte. Confio no trabalho do Leão e da comissão técnica, acredito que o time que entrará em campo amanhã em condições de conquistar a vitória e a vaga para as quartas de forma convincente. É hora de apoiar! É hora de encher o Morumbi e mostrar a força da grande nação Tricolor! VAMO SÃO PAULO!

Amplexos!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Onde, exatamente, esta o problema do São Paulo?


Caros amigos Tri-colores, como previsto, após a eliminação no Paulista, uma nova crise se instalou no Morumbi. Rapidamente, nossa diretoria resolveu agir e, de forma unilateral, afastou Paulo Miranda, em dia de jogo importante pela Copa do Brasil, deixando recair sobre o atleta toda a responsabilidade pela derrota contra o Santos. Esta ação gerou grande desconforto no elenco, que não se apresentou bem diante da Ponte Preta e sofreu novo revés. Até aqui, sem grandes novidades. São os fatos que todos discutem há uma semana.

Contudo, gostaria de propor uma nova reflexão baseada na pergunta: onde, exatamente, está o problema do São Paulo?

Sim, eu poderia ter questionado de forma mais especifica. Porém, a amplitude foi proposital. Não creio que analisar apenas os últimos resultados, o desempenho de um ou outro jogador ou do treinador seja suficiente para determinar com precisão os motivos dos nossos insucessos. Precisamos “sair da caixa”, avaliar “o todo” no que tange a categoria principal de futebol do São Paulo.

Para isto, o primeiro passo é definir os papéis e suas respectivas atribuições. Em resumo e de acordo com as políticas de administração Tricolores, a diretoria é responsável pelas contratações, desde o treinador, passando pela comissão técnica, até os jogadores. O técnico e sua comissão são responsáveis por orientar e avaliar os atletas, treinar o elenco, definir o esquema tático, assim como, o time que entrará em campo. Por fim, os atletas devem executar aquilo que foi determinado pelo treinador e sua comissão. A busca pela vitória e o comprometimento com a instituição são obrigações que TODOS devem ter. Com estas definições em mente e considerando ações e resultados obtidos desde 2008, ano da nossa última conquista, vamos segmentar nossas avaliações:

Diretoria

Após a saída do Muricy, em aproximadamente três anos e meio, ou seja, quarenta e dois meses, foram alocados seis treinadores diferentes para o time principal (Milton Cruz, Adilson Batista, Sérgio Baresi, Ricardo Gomes, P. C. Carpegiani e Emerson Leão). Em média, uma troca de técnico a cada sete meses.  Não há como dar continuidade a um trabalho com esta frequência de alterações no comando. Também, é preciso dizer que alguns destes nomes não possuíam Know How ou bagagem suficientes para assumir uma equipe do quilate Tricolor. Adilson Batista e Sérgio Baresi são bons, ou melhor, maus, exemplos disto. Até aqui, Emerson Leão vem apresentando os melhores resultados. Contudo, ainda aquém das expectativas da torcida, que anseia pelo fim do abstinência de títulos.

No que se refere as contratações e jogadores promovidos da base, a situação piora ainda mais. Por posição, temos:

Goleiro: Denis
Zagueiros: Edson Silva, Paulo Miranda, Luiz Eduardo, Renato Silva, Xandão, Alex Silva, Rodholfo
Laterais Direto: Cicinho, Ivan Piris, Douglas, Adrián González, Wagner Diniz
Laterais Esquerdo: Cortês, Juan, Junior Cesar,
Meio-campistas: Arouca, Fabrício, Maicon, Denílson, Cicero, Jadson, Lucas, Wellington, Casemiro, Cañete, Rivaldo, Marcelinho Paraíba, Léo Lima, Carlinhos Paraíba, Cleber Santana, Rodrigo Souto,
Atacantes: William José, Borges, Luiz Fabiano,  Washington, Osvaldo, André Luiz, Fernandinho, Fernandão.

Caso não tenha me esquecido de alguém, foram quarenta e uma contratações ao todo, ou seja, em número de jogadores, praticamente, quatro times completos. Entretanto, quais, realmente, foram efetivas? Em minha opinião, apenas Luiz Fabiano, Lucas, Rodolfo, Cortês, Casemiro e Wellington mostraram algum resultado. Em resumo, seis em quarenta e uma ou, aproximadamente, 15%. Um percentual pífio até mesmo para clubes menos estruturados.

Treinadores

Considerando o plantel de jogadores que a diretoria disponibilizou e o tempo de permanência dos treinadores desde 2009, podemos perceber que não seria possível esperarmos muito. De qualquer forma, a falta de opção e de qualidade dentro do elenco forçou os treinadores a se tornarem “professores Pardal”. Cada um que passou pelo comando do time Tricolor fez diversas experiências na tentativa de suprir as deficiências técnicas. A partir daí, não soubemos mais qual era o time titular do São Paulo. A cada rodada, a cada campeonato, uma formação tática diferente, jogadores diferentes e, dia após dia, o Tricolor foi perdendo sua identidade, suas características e se tornou um time apático.

A diretoria percebeu isto e resolveu reformular. Trouxe o Leão para chacoalhar o ambiente. Ele conseguiu. Ao menos, ele resgatou a raça, o comprometimento do elenco e algum padrão de jogo. Hoje, observamos um time mais “pegador” mais “cascudo”. Longe do que esperamos do Soberano, mas já com certa evolução. Porém, nada acontece de um dia para o outro. A equipe tomou forma, agora é necessário alguns ajustes pontuais, que devem ser realizados pelo técnico. Para isto, é necessário tempo e muito treino, ou seja, é preciso dar continuidade ao trabalho.

Jogadores

Ao analisar os jogadores que foram contratados ou promovidos para o elenco principal desde a conquista do último Campeonato Brasileiro, é preciso considerar a capacidade técnica de cada um, ou seja, é importante conhecer o limite de cada atleta. Em tempo, a questão é: como determinar isto? Vamos assumir como parâmetro de comparação a melhor fase que cada jogador teve em sua carreira. Para evitar um longo e tortuoso trabalho que passaria pelos quarenta e dois nomes que citei anteriormente, vamos apenas analisar alguns que ainda compões o elenco atual: Fernandinho, Piris e Cortês.

Fernandinho, em sua melhor fase no Grêmio Barueri que, inclusive, motivou sua contratação pelo São Paulo, não teve melhores atuações do que as atuais. Ele está em sua melhor condição física e técnica. Quanto ao Piris, certamente, nosso lateral-direito, que se auto-intitulou “o melhor marcador das Américas”, teve dias melhores no Cerro. Mesmo assim, ao enfrentar o Santos na libertadores de 2010, tomou um baile do Neymar. Para finalizar, Cortês, que esta vivendo sua melhor fase. Chegou e tomou conta da lateral-esquerda que, desde a época do Junior, não tinha dono absoluto. Cortês está em ascensão e ainda não encontrou seu limite. Podemos esperar muito deste grande jogador.

Conclusão: não adianta esperar do Fernandinho e do Piris algo que eles não podem dar. Dentro das limitações de cada um, estão jogando o seu melhor. Se o melhor destes jogadores não atende às expectativas do clube e da torcida, o erro foi de quem os contratou. Por outro lado, também temos casos mais isolados, como o do Jadson, que está muito abaixo de sua forma ideal. Este, sim! Precisa ser cobrado fortemente pois pode contribuir muito mais. 

A Cesar o que é de Cesar.

Por fim, caros amigos, precisamos dar “a Cesar o que é de Cesar”, ou melhor, “a Juvenal o que é de Juvenal”. Após todos os dados e fatos expostos acima, concluo que a causa-raiz de nossas dificuldades é a gestão. O narcisismo de nossa diretoria, vem prejudicando, a cada dia, nosso Tricolor. Saímos do status de “modelo de gestão” para uma “administração retrógrada”. Frequente mudanças de técnicos, contratações ineficazes, interferências constantes da diretoria no dia-a-dia do time principal, declarações públicas contraditórias e demonstrações de poder desnecessárias por parte do nosso presidente, tornaram o São Paulo apenas mais um time grande dentro do contexto nacional, sem nada que o diferencie dos demais. Caso não haja uma mudança de postura rápida na cartolagem Tricolor, continuaremos enfrentando dias difíceis no Morumbi.

Amplexos!