No próximo domingo, o maior campeão da era dos pontos
corridos iniciará sua caminhada através das 38 rodadas do Brasileirão 2013. Contra
a Ponte Preta, o Tri-color fará sua estreia no campeonato nacional. Contudo, o
que nós, São-Paulinos, podemos esperar do “Soberano” durante os próximos sete
meses de competição?
Creio que a resposta para essa pergunta venha através de
algumas reflexões, que partem desde o momento atual da equipe, passando pela
qualidade do elenco, dificuldades internas, especulações e chegando à avaliação
dos demais adversários que compõem a Série A.
Começando pelo momento vivido pelo “Soberano”, infelizmente
– o amigo há de concordar – já vivemos dias melhores. Após duas (e duras)
eliminações em sequência, o time passou por uma (pseudo) reformulação: sete
jogadores dispensados e outros sete contratados. Não vou entrar em detalhes
sobre os que se foram, mas segue a lista dos que chegaram:
·
Zagueiro: Diego.
·
Lateral: Caramelo.
·
Volante: Alan.
·
Atacantes: Silvinho, Lucas Evangelista, Roni e
Regis.
Como podemos perceber, nenhum nome chega para assumir, de
imediato, a posição de titular. Obviamente, torço para que os reforços se
destaquem e nos surpreendam positivamente. Porém, por enquanto, todos são “apostas”
que vão, inicialmente, apenas compor elenco: três contratações e quatro
promovidos da base. Sendo assim, provavelmente, o time que vai a campo diante
da Ponte será:
Denis, Douglas, Lúcio, Edson Silva e Carleto; Denilson, Rodrigo
Caio e Jadson; Silvinho, Luís Fabiano e Osvaldo.
Rogério Ceni, Rafael Toloi e P.H. Ganso, tidos como
titulares e entregues ao departamento médico, desfalcarão a equipe. Obviamente,
a escalação acima, comparada com a que enfrentou o Galo, tem algumas novidades.
Além de Silvinho, notamos o fim das improvisações, um bom primeiro passo para
“colocar a casa em ordem”. Por outro lado, ainda há grande preocupação com o
setor de defesa. Douglas e Carleto possuem características mais ofensivas que
defensivas e isto pode comprometer a zaga que, por sua vez, tem dificuldade nos
lances de bola aérea. A menos que Ney Franco tenha descoberto, nos últimos
quinze dias, uma “fórmula mágica” para esta situação, sinto que passaremos por
fortes emoções! Contudo, estamos melhor do meio de campo para a frente. Rodrigo
Caio, contra o Londrina, foi o nosso melhor homem em campo e, se mantiver o bom
desempenho, contribuirá bastante. Silvinho, também, se apresentou bem.
Denilson, Jadson e Osvaldo têm mantido boa regularidade. Quanto ao Fabuloso,
caso entre em campo focado e pense apenas em jogar futebol, certamente, fará o
que melhor sabe fazer: gols.
Em tempo, como citei anteriormente, o Campeonato Brasileiro
possui 38 rodadas e, no parágrafo acima, avaliei o time que entrará em campo na
primeira delas. E quanto às outras 37? Bom, se pretendemos chegar ao título,
precisaremos manter a regularidade. Afinal de contas, o primeiro jogo vale o
mesmo número de pontos que todos os demais. Desta forma, chegamos à questão do
“elenco”. Serão necessárias peças de reposição. Jogadores se machucarão, alguns
servirão à seleção e outros cairão de produção devido ao número de jogos e ao
desgaste físico. Quando paro para pensar
nisto, vejo nosso plantel limitado, principalmente, quanto às opções para as
laterais e defesa. É preciso contratar: bem e rápido.
Falar em contratações me remete, automaticamente, às nossas
dificuldades internas, especulações e, logicamente, à crise entre Luís Fabiano
e Juvenal Juvêncio. Nos últimos tempos, tivemos a infeliz oportunidade de
acompanhar desconfortos internos (entre atletas, comissão técnica e diretoria)
chegando ao conhecimento da imprensa que, em certos momentos e de forma
lamentável, acabou se tornando o “meio de comunicação oficial” entre os
envolvidos. Em paralelo, chegam boatos sobre atletas que podem ser negociados e
outros que poderão ser contratados. Situações como estas tumultuam o ambiente,
criam polêmicas, incertezas e insegurança no grupo. Isto precisa ser resolvido
imediatamente para que a equipe possa começar a disputa de forma mais tranquila
e focada.
Depois de dar uma olhada no quintal de casa, não posso
deixar de esticar os olhos nos gramados vizinhos. E aí, levando em consideração
todas as variáveis anteriores, vejo a grama mais verde no terreiro do Galo, nas
Laranjeiras, no Beira Rio e, até mesmo, nos confins da Marginal S/N.
Em resumo, nossa situação não é das melhores. Presidência,
Diretoria e Comissão Técnica têm um belo desafio pela frente: consertar o avião
em pleno vôo. Então, depois de tudo o que
escrevi, você poderia me perguntar: Ottoni, por todo histórico recente, você
acha que os caras vão conseguir dar um jeito nisso tudo? O desafio é grande e salvo as possíveis
comparações, eu te responderia o seguinte...
Eu vi meu São Paulo vencer três vezes, de forma consecutiva,
este mesmo campeonato; vi meu Tri-color vencer três vezes a Libertadores, ir
três vezes a Tóquio e voltar com três canecos; aliás, eu vi o desacreditado
Telê Santana chegar ao São Paulo, no início dos anos 90, pegar um grupo tão
desacreditado quanto ao atual, e ganhar mais de dez títulos em aproximadamente
cinco anos. Eu escolhi torcer para o time da fé, o time para o qual a “moeda
cai de pé”! Então, meu caro amigo, por mais difícil que a situação possa
parecer, eu sempre vou acreditar! Porque...
OH TRI-COLOR, TU ÉS MINHA ALEGRIA!
OH TRI-COLOR, TU ÉS MEU VIVER!
OH TRI-COLOR, EU AMO VOCÊ!
VAMO, SÃO PAULO!
Amplexos,
Ottoni
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