quinta-feira, 6 de junho de 2013

Em cartaz, no Cine SPFC: “A Arte da Guerra”, “Bang Bang à Italiana”, “Se beber, não contrate” e “À espera de um milagre”



 
Caros Tricampeões Mundiais, ontem, como, provavelmente, todos vocês, fui dormir contrariado, chateado, inconformado e na certeza de que a derrota para o Goiás foi a gota d’água para desencadear uma nova crise no Tri-color. Inevitavelmente, protestos da torcida contra o elenco, comissão técnica, diretoria e presidência, que já ocorreram durante o jogo de ontem voltarão a acontecer, seja no C.T. da Barra Funda, no Morumbi, pelas redes sociais ou onde quer que o time se apresente. Em resumo, novamente e em menos de um mês, uma crise volta a se instalar no “Soberano”. Contudo, hoje pela manhã, correr os olhos pelas principais notícias Tri-colores, me deparei com o seguinte:

GLOBOESPORTE. COM: Ney se exime de culpa após derrota: "O problema não é o treinador"
 
Como diria um velho amigo: nada é tão ruim que não possa ser piorado! Pois, é! Lá estão, novamente, diretoria e comissão técnica lavando a roupa suja através da imprensa. De um lado, Ney Franco se isentando de culpa. Do outro, Leco, que até outro dia, era responsável pelo futebol, afirmando que o problema não é elenco. Em tempo, antes de continuar, sugiro ao pessoal que está tocando os trabalhos de modernização do Morumbi que incluam, no projeto, uma ou duas salas de reunião. Presumo que não exista nenhuma atualmente, já que “vira-e-mexe” tratamos questões internas em frente às câmeras e microfones.

Voltando à “nova crise”, enquanto estava pensando, organizando as ideias e procurando palavras que estivessem presente no “Aurélio Buarque de Holanda” (as que gostaria de utilizar não estão presentes no dicionário) para copor este novo post, me recordei que, desde que fundei o blog,  em algumas ocasiões, já havia realizado publicações em situações parecidas. Caso o amigo leitor tenha algum interesse em recordar lembranças dolorosas, seguem os links:


Os textos acima já dizem muito sobre o que penso serem as causas raízes, assim como, contém algumas sugestões sobre ações para, eventualmente, solucionar nossos principais “dramas”. Adicionalmente, algumas questões que tangem o modelo de gestão do clube devem ser levadas em consideração. Entre meados deste mês e o início de julho, publicarei uma série de posts que trataram deste tema:


Então, o que dizer agora? Será que existe mais algo a ser escrito? Sim, existe. Trata-se de uma nova filosofia que surgiu nos últimos anos para avaliação profissional, denominada: CHA - conhecimento, habilidade e atitude. Conhecimento se adquire estudando e habilidade vem com a prática. O grande problema é a atitude, algo meio místico, algo que vem no DNA da pessoa, difícil de ser adquirido, difícil de ser aprendido. Observe que eu disse “difícil” e não “impossível”.  Além disso, a atitude deve sempre ser positiva, construtiva e não negativa, destrutiva. Pensando nisto, chego à conclusão de que, no CHA dos profissionais que, hoje em dia, dirigem nosso São Paulo, falta uma boa porção de “A”. Podemos confirmar esta teoria avaliando os “dramas” que vivemos nos últimos tempos. Como a palavra “drama” remete à literatura e à sétima arte,  e se nosso Tri-color fosse uma prateleira de livraria ou uma sala de cinema, poderíamos ter em cartaz:

Juvenal Juvêncio, em “A Arte da Guerra”

Neste histórico livro sobre estratégia militar, Sun Tzu, o autor, relata suas experiências sobre a guerra e trata, entre outras coisas, sobre as questões de liderança. Em resumo, a abordagem é a seguinte: aquele que não executar as ordens com precisão ou não corresponder às expectativas, é decapitado, servindo de exemplo para os demais, que, em teoria, se esforçarão mais para evitar punição. Alguma semelhança com nosso mandatário? Logo após sermos eliminados da Libertadores, Juvenal vem à publico e corta sete cabeças. Obviamente, apenas patentes mais baixas são castigadas. Durante muito tempo, séculos, o livro “A arte da guerra” serviu como uma espécie de “bíblia” para as escolas militares. Posteriormente, traçaram um paralelo entre seus ensinamentos e o mundo corporativo. Importante destacar: a obra é datada de 400 A.C., em minha opinião, está um tanto quanto ultrapassada, assim como, os métodos de gestão e as atitudes do nosso presidente. Só mais dois detalhes: entre os jogadores cortados do elenco, estava Cortez, um lateral esquerdo contratado à preço de ouro; Carleto, que assumiu o lugar de Cortez, lesionou o joelho e só volta em 2014. O amigo gostaria de tecer algum comentário?

Ney Franco e Leco, em: “Bang Bang à Italiana”

Bastou a primeira derrota em casa, no Brasileirão, para Ney Franco e Leco saíssem atirando para todo lado! Recados pela imprensa, acusações, justificativas e desculpas, por favor, me digam: isto resolve alguma coisa? Posturas completamente desnecessárias, atitudes incompatíveis com os cargos e salários. A declaração de Ney Franco, disponíveis na matéria acima, terá repercussão extremamente negativa dentro do elenco e deixará a situação ainda pior. Só posso imaginar que ambas as partes pretendem caminhar para a ruptura. De qualquer forma, posturas e atitudes inaceitáveis de ambos os lados.
  
Juvenal e sua “trupe”, em “Se beber, não contrate”
 
Vou ser breve, afinal, creio que o titulo seja autossuficiente. Contudo, transformando nomes em números, nos últimos três anos,  nosso Tri-color teve um custo de, aproximadamente, 160 milhões de reais em contratações. Não, você não leu errado. Eu escrevi “custo” e não “investimento”. Apenas esclarecendo, ao contrário de “investimento”, “custo” é um valor que você dispende e não espera nenhum tipo de retorno. No Brasil, podemos citar como exemplo os impostos.  Para não generalizar, acredito que entre 80% e 90% das contrações realizadas desde 2010 não vingaram. 

Torcida São-Paulina, em “À espera de um milagre”
  
Sinopse não disponível. Confira nos principais estádios do país.

Por fim, é necessário haver um “choque de gestão” imediato em nosso clube. Não há posturas adequadas, não há atitudes adequadas e não há gestão de consequências. Claro que todos nós queremos ver o time jogando com raça e “sangue no zóio”. Porém, nossos problemas vão muito além disso. Não adianta esperar um resultado diferente se a forma de fazer as coisas continua a mesma. É preciso mudar. Se a administração atual não é capaz de reconhecer isto, que venha outra no próximo ano com uma filosofia diferente. Até lá, vamos acompanhando os próximos lançamentos...
  
Amplexos,

Ottoni

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